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11.07 Site G1.com - Em RO, causa da morte de esposa de vereador preso deve ser investigada

Mulher morreu meses após denunciar o marido, diz Secretaria de Segurança.
Preso, Jair Montes é apontado como um dos chefes da quadrilha.

O vereador Jair Montes chegou na Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI) dirigindo o próprio veículo e acompanhado de três advogados (Foto: Taísa Arruda/G1)O vereador Jair Montes (Foto: Taísa Arruda/G1)
O secretário de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) de Rondônia, Marcelo Bessa, afirmou, em entrevista nesta quinta-feira (11), que a causa da morte da esposa do vereador Jair Montes (PTC), ocorrida no ano passado, deve ser investigada, por uma possível ligação com os crimes investigados na Operação Apocalipse. Montes foi preso pela Polícia Civil no dia 4 deste mês e é apontado como um dos chefes da quadrilha investigada pela polícia.
Segundo a polícia, Maria Eliane Reis Soares morreu após ser vítima de um suposto assalto em 2012, poucos meses após denunciar à polícia o envolvimento do vereador com o tráfico de drogas. O depoimento dela contribuiu para as investigações da operação que prendeu, até o momento, 51 pessoas em vários estados do país, entre elas, três vereadores. 
Por conta da possibilidade da morte estar relacionada à denúncia, a polícia não descarta a exumação do corpo. "Antes de falecer ela não queria mais falar com a polícia, por isso é tudo muito suspeito. É uma possibilidade de se investigar, porque é realmente muito suspeita", explica Bessa, que ressalta que o depoimento foi gravado com autorização da Justiça.
Operação Apocalipse
De acordo com a polícia, as investigações levaram ao descobrimento de uma quadrilha que mantinha um esquema de financiamento de campanhas políticas e captação de recursos por meio de lavagem de dinheiro. Em troca, os benefícios estavam relacionados a nomeação de funcionários fantasmas.

A Polícia Civil estima que o esquema movimentou R$ 80 milhões em nove estados. Só em Rondônia, a quadrilha movimentou R$ 33 milhões. Entre os bens do grupo estão 200 carros, 25 imóveis e 30 empresas. Segundo as investigações, Montes e Alberto Ferreira Siqueira, o 'Beto Baba', ainda foragido da Justiça, são os principais suspeitos de chefiar a quadrilha.
Ao G1 o advogado de Montes, Breno Mendes, afirmou que a possível exumação acontece em momento inoportuno, mas não vai se opor à decisão da Justiça. Na segunda-feira (15) a defesa deve entrar com pedido de habeas corpus.
Além da investigação da morte de Maria, a Sesdec também anunciou nesta quinta que a Polícia Federal (PF) vai ajudar nas investigações da operação. Segundo Bessa, a PF disponibilizou servidores e um sistema de cruzamento de dados bancários que devem contribuir para a apuração das informações.

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